O espetáculo de circo-teatro ‘O Circo de Lampezão e Maria Botina’, do grupo pernambucano Caravana Tapioca, se apresenta na Praça Ana Lúcia Magalhães, na Pituba neste domingo (29/6), a partir das 18h. Entrada gratuita. Mais informações: (71) 8636-8445.
Na peça, com direção e roteiro de Ésio Magalhães, os palhaços Cavaco (Anderson Machado) e Nina (Giulia Cooper) contam a história de um casal anônimo que viveu no sertão: Maria Botina, que sonha em ser levada por um cangaceiro; e Lampezão, que finge ser valente para impressioná-la. Com sessenta minutos de duração, a peça tem cenas com música ao vivo executadas por saxofone, acordeom e sinos que compõem a poesia das cenas, além de malabarismo com baldes, mágica, número com chicotes, entre outras habilidades circenses.
O espetáculo contém cenas com música ao vivo executadas por saxofone, acordeom e os belos sinos (chocalhos de cabra) que compõem a poesia das cenas. A obra foi criada para todas as idades, já que foi a proposta inicial do grupo poder viajar com o espetáculo pelo nordeste brasileiro podendo apresentá-lo em todos os lugares para os diversos públicos encontrados nas ruas, praças e parques. “Isso já é uma característica dos outros trabalhos da Caravana Tapioca que teve grande aprendizado com experiências em apresentações em espaços abertos. Em salas de teatro o espetáculo também funciona muito bem”, observa o diretor.
Segundo ele, a inspiração para compor a peça, veio dos cantos, causos, contos e poesias do cangaço. “Um excelente e interessante caminho trilhado como fio condutor da construção de um espetáculo que mescla as técnicas circenses a uma dramaturgia inteligente, épica e atual, permeando as diversidades cultural do sertão e agreste brasileiro”, explica.
Para Ésio Magalhães, a montagem oferece boas gargalhadas. Ele lembra, que aos 21 anos viu uma placa: “Faça teatro”. E resolveu se matricular. “Fiz o curso do Núcelo de Estudos Teatrais e a partir daí fazia coisa séria e todo mundo ria de mim. Vi que representaria tipos que não eram bem o herói da história, eu era baixinho, careca”, lembra, acrescentando que quando viu que não seria o galã nem o herói, viu na comédia outras possibilidades. “Eu vi que o caminho do palhaço, pelo qual sempre fui apaixonado, era meu caminho”, declara.
Segundo ele, ser o palhaço lhe dava uma liberdade muito grande. “Entrava em contato com o ridículo e me liberava para construir relações com o outro. Porque a vida é um jogo o tempo todo. É um grande improviso”, ressalta. Ele observa ainda que, o palhaço abre a guarda das pessoas. “Isso é algo tão bacana que o circo faz”, conta.
Ésio Magalhães diz que o palhaço faz uma revolução onde quer que vá. “Seja no hospital, na rua, no teatro. Ele entra em um local hostil e conflitante e revoluciona as relações. A alegria passa a ser potência de vida. Eu quero fazer esta revolução. Estamos num mundo enfermo. Eu quero mudar o mundo, sim! E querer mudar o mundo, não é ser o grande líder, mas, cada vez mais, olhar para seu entorno. Poder fazer da vida uma coisa boa”, enfatiza, afirmando que, “não quero ser um cara de 40 querendo ser um palhaço adolescente. O palhaço tem sua beleza a cada época, de acordo com a energia de seu tempo”.
A circulação do espetáculo “O Circo de Lampezão e Maria Botina” pelo Nordeste tem o patrocínio do Ministério da Cultura e da FUNARTE, contemplado pelo Prêmio Myriam Muniz de estímulo ao teatro 2013. Após apresentação em Salvador, o espetáculo segue para o interior da Bahia.
fonte: http://www.tribunadabahia.com.br/2014/06/23/circo-de-lampezao-maria-bonita-desembarca-em-praca-de-salvador
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